Um incêndio ocorrido em Junho, de que resultaram ferimentos em bombeiros que o combatiam, voltou a trazer à luz do dia os resíduos perigosos que permanecem nas instalações da ex-Companhia Petroquímica do Barreiro. Segundo um comunicado emitido pelo Gabinete de Imprensa da DORS, no dia 14, «muitas dezenas de recipientes com capacidade de 200 litros e outras de menor dimensão de produtos químicos considerados resíduos perigosos para a saúde e para o ambiente estão espalhados e em degradação avançada sem que haja a actuação das entidades competentes». A empresa está encerrada e as instalações ao abandono.
Depois de o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul ter denunciado publicamente a situação, já ocorreram intervenções para retirar das instalações cerca de 14 toneladas de óxido de propileno. Apesar disso, o SITE Sul considera que as questões da segurança ambiental continuam a não ser convenientemente tratadas: as instalações têm sido roubadas e vandalizadas e ninguém é responsabilizado pela sua segurança. Os deputados do PCP eleitos pelo distrito de Setúbal já questionaram o Governo acerca desta situação.